A tartaruga-cabeçuda, como o próprio nome induz a reflexão, tem a cabeça proporcionalmente maior do que as outras espécies, chegando a medir 25 centímetros e é também chamada de tartaruga mestiça. Seu dorso é marrom e o ventre é amarelado. A carapaça tem medida curvilínea média de 110 centímetros de comprimento, possui 5 pares de placas laterais, sendo que as placas são justapostas, a cabeça possui 2 pares de placas (ou escudos) pré-frontais. O peso médio do animal é de 150 kg, embora alguns exemplares cheguem a 250 Kg. Esta espécie é onívora, podendo se alimentar de crustáceos, principalmente camarões, moluscos, águas-vivas, hidrozoários, ovos de peixes e algas. Habitam normalmente profundidades rasas até cerca de 20 m. Existem registros de mergulhos até cerca de 230 m de profundidade. Suas mandíbulas poderosas lhe permitem triturar as conchas e carapaças de moluscos e crustáceos.
Esta tartaruga é a mais abundante a desovar no litoral brasileiro, concentrando-se do norte do Rio de Janeiro até Sergipe, sendo o litoral da Bahia o principal sítio reprodutivo, existindo cerca de 4.000 desovas por temporada.
Possuem uma enorme capacidade migratória, realizando grandes deslocamentos oceânicos. Uma tartaruga-cabeçuda marcada na Austrália foi encontrada no litoral de Ubatuba. Durante estes deslocamentos a mortalidade atinge números alarmantes, principalmente na pesca acidental por espinhel e rede de deriva. Está classificada em PERIGO (IUCN e IBAMA), possuindo cerca de 60.000 fêmeas em idade reprodutiva.
Colaboração: Adriana Tiemi Akamine